quinta-feira, 6 de outubro de 2016

A casa da porta branca (8)

Se você ainda não leu o capítulo 7, segue o link a seguir
http://dangerous3.blogspot.com.br/2016/10/a-casa-da-porta-branca-7.html

Charlye não tinha nenhum sentimento romântico por Frank, mas sabia que o romance entre os dois já tinha sido até mesmo profetizado, porém ela não achava uma boa ideia conhecer literalmente a cabeça de um cara logo no "segundo encontro", o que ela veria ali, com certeza seriam cenas fortes. Ela decidiu fazer o máximo para não julgar o que quer que visse, e torceu para que ele não fosse fã de revistas de entretenimento adulto. Enquanto ela caminhava por entre as árvores, conseguiu ouvir um barulho de alguém pisando em um galho seco, ao virar-se deu de cara com um lobo enorme. Seu desespero foi imenso, no entanto, o lobo lhe olhava calmamente, estaria ele apreciando sua presa?

Capítulo 8

A moça morena, passava as mãos no rosto de Frank, ele arrepiou-se todo. Era incrível como ele sentia-se atraído por ela. Os dois andaram mais um pouco, e Frank ficou sozinho novamente, dessa vez viu várias coisas diferentes. Viu suas rejeições amorosas, amigos que o deixaram e o pior de tudo foi ver a si mesmo se humilhando para que eles ficassem por perto, sentiu-se um idiota, tão pequeno, triste, insignificante, enquanto todos que o abandonaram estavam grandes e felizes, caminhava sozinho, enquanto todos os outros caminhavam com várias pessoas. Seu estômago revirava, viu que suas namoradas o traíram ou não levaram muito tempo para arranjar outro, seus amigos quase nunca percebiam que ele não estava ali, todos reuniam-se, e quando o chamavam ele sentia-se um peixe fora d'água por ser tão raras as vezes. Frank se odiava por pensar assim, ele não queria se importar com aquilo, mas a verdade é que ele sentia que não fazia falta para ninguém e aquilo acabava com ele. Ele começou a escutar risos zombando dele, vozes escarnecendo, dizendo que ele era fresco e lerdo, ele sabia que agora já era um adulto, mas estava preso em suas situações de adolescente. 
De repente, ele estava em um corredor, a porta a sua frente dava para o show de horrores que continha todas as pessoas que amava e que sacanearam com ele, fazendo coisas terríveis de se ver, e na porta atrás de si, estava a mulher de branco. Frank tinha duas opções: ir em frente e encarar tudo aquilo ou voltar e ficar de vez nos braços dela. Ele sentiu que tinha que fazer essa escolha e que seria mesmo importante. Sem pensar duas vezes, ele correu para os braços da morena, os dois caíram em uma cama, mas ainda assim estavam no meio da floresta. Frank sentia o vento batendo em seus braços, a garota o olhava novamente com as pupilas dilatadas, os dois começaram a se beijar muito rápido, mordiam os lábios um do outro, Frank passava a mão devagarinho na perna dela até apertar suas nádegas, ela suspirou em seu ouvido e arranhou o abdome do rapaz até chegar bem perto de onde queria. Ele continuou subindo a mão até apertar os seios dela, suas cinturas se encontraram, já totalmente nuas. Naquele momento, Frank percebeu que nunca havia se sentido pior na vida, parecia que sua alegria, satisfação e até mesmo suas forças tinham sido sugadas, até mais do que quando viu todas aquelas cenas horríveis. Ao olhar para a garota, ela ainda sorria, mas dessa vez com cinismo e frieza. Frank percebeu que até o momento, ela não havia dito uma palavra sequer e quando começou finalmente a falar, disse-lhe que iria embora e ele não sabia o porquê, mas implorava para que ela ficasse, os dois continuavam transando e Frank notou as correntes.
- Afinal de contas quem é você?
- Eu? - ela riu - Eu sou umas das maiores paixões do mundo. Eu te conheci quando você era apenas uma criança. Logo, logo, você aprendeu a me cortejar em pensamentos, toda vez que algo ruim acontecia você passava horas e horas pensando mim.
- O que? 
- Sempre estive com você porque você sempre me quis, você me procurava sem perceber. Você me ama e estaremos juntos até que você morra. Eu sou seu desespero. Eu sou seu medo. Eu sou sua angústia. Eu sou a linda que te atrai, sou aquela que te seduz até quando você quer sorrir. Eu sou aquela que às vezes te fortaleço, mas quando te derrubo, você deita comigo por muito tempo até se reerguer. Meu nome? HAHAHA. Prazer, Frank. Eu me chamo DOR.

FIM DO CAPÍTULO 8

Criado e escrito por: Thanos

Editado e revisado por: Natália Dias

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