Se você ainda
não leu o capítulo 7, segue o link a seguir
http://dangerous3.blogspot.com.br/2016/10/a-casa-da-porta-branca-7.html
Charlye não
tinha nenhum sentimento romântico por Frank, mas sabia que o romance entre os
dois já tinha sido até mesmo profetizado, porém ela não achava uma boa ideia
conhecer literalmente a cabeça de um cara logo no "segundo encontro",
o que ela veria ali, com certeza seriam cenas fortes. Ela decidiu fazer o
máximo para não julgar o que quer que visse, e torceu para que ele não fosse fã
de revistas de entretenimento adulto. Enquanto ela caminhava por entre as
árvores, conseguiu ouvir um barulho de alguém pisando em um galho seco, ao
virar-se deu de cara com um lobo enorme. Seu desespero foi imenso, no entanto,
o lobo lhe olhava calmamente, estaria ele apreciando sua presa?
Capítulo
8
A moça morena,
passava as mãos no rosto de Frank, ele arrepiou-se todo. Era incrível como ele
sentia-se atraído por ela. Os dois andaram mais um pouco, e Frank ficou sozinho
novamente, dessa vez viu várias coisas diferentes. Viu suas rejeições amorosas,
amigos que o deixaram e o pior de tudo foi ver a si mesmo se humilhando para
que eles ficassem por perto, sentiu-se um idiota, tão pequeno, triste,
insignificante, enquanto todos que o abandonaram estavam grandes e felizes,
caminhava sozinho, enquanto todos os outros caminhavam com várias pessoas. Seu
estômago revirava, viu que suas namoradas o traíram ou não levaram muito tempo
para arranjar outro, seus amigos quase nunca percebiam que ele não estava ali,
todos reuniam-se, e quando o chamavam ele sentia-se um peixe fora d'água por
ser tão raras as vezes. Frank se odiava por pensar assim, ele não queria se
importar com aquilo, mas a verdade é que ele sentia que não fazia falta para
ninguém e aquilo acabava com ele. Ele começou a escutar risos zombando
dele, vozes escarnecendo, dizendo que ele era fresco e lerdo, ele sabia que agora
já era um adulto, mas estava preso em suas situações de adolescente.
De repente, ele
estava em um corredor, a porta a sua frente dava para o show de horrores que
continha todas as pessoas que amava e que sacanearam com ele, fazendo coisas
terríveis de se ver, e na porta atrás de si, estava a mulher de branco. Frank
tinha duas opções: ir em frente e encarar tudo aquilo ou voltar e ficar de vez
nos braços dela. Ele sentiu que tinha que fazer essa escolha e que seria mesmo
importante. Sem pensar duas vezes, ele correu para os braços da morena, os dois
caíram em uma cama, mas ainda assim estavam no meio da floresta. Frank sentia o
vento batendo em seus braços, a garota o olhava novamente com as pupilas
dilatadas, os dois começaram a se beijar muito rápido, mordiam os lábios um do
outro, Frank passava a mão devagarinho na perna dela até apertar suas nádegas,
ela suspirou em seu ouvido e arranhou o abdome do rapaz até chegar bem perto de
onde queria. Ele continuou subindo a mão até apertar os seios dela, suas cinturas
se encontraram, já totalmente nuas. Naquele momento, Frank percebeu que nunca
havia se sentido pior na vida, parecia que sua alegria, satisfação e até mesmo
suas forças tinham sido sugadas, até mais do que quando viu todas aquelas cenas
horríveis. Ao olhar para a garota, ela ainda sorria, mas dessa vez com cinismo
e frieza. Frank percebeu que até o momento, ela não havia dito uma palavra
sequer e quando começou finalmente a falar, disse-lhe que iria embora e ele não
sabia o porquê, mas implorava para que ela ficasse, os dois continuavam
transando e Frank notou as correntes.
- Afinal de
contas quem é você?
- Eu? - ela riu
- Eu sou umas das maiores paixões do mundo. Eu te conheci quando você era
apenas uma criança. Logo, logo, você aprendeu a me cortejar em pensamentos,
toda vez que algo ruim acontecia você passava horas e horas pensando mim.
- O que?
- Sempre estive com você porque você sempre me quis, você
me procurava sem perceber. Você me ama e estaremos juntos até que você morra.
Eu sou seu desespero. Eu sou seu medo. Eu sou sua angústia. Eu sou a linda que
te atrai, sou aquela que te seduz até quando você quer sorrir. Eu sou aquela
que às vezes te fortaleço, mas quando te derrubo, você deita comigo por muito
tempo até se reerguer. Meu nome? HAHAHA. Prazer, Frank. Eu me chamo DOR.
FIM DO CAPÍTULO 8
Criado e escrito por: Thanos
Editado e revisado por: Natália Dias
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